Blefaroplastia: o que é, indicações e como se preparar para esse rejuvenescimento do olhar
A blefaroplastia é a cirurgia das pálpebras, indicada para remover o excesso de pele, gordura e flacidez ao redor dos olhos. Mais do que uma questão estética, muitas vezes ela também melhora a visão, quando a pele caída interfere no campo visual.
• Excesso de pele nas pálpebras superiores, dando aparência de cansaço
• Bolsas de gordura nas pálpebras inferiores
• Flacidez que interfere na maquiagem ou na abertura dos olhos
• Sensação de peso nas pálpebras
• Queda palpebral que afeta a visão (em casos associados à ptose)
• Um olhar mais leve, descansado e rejuvenescido
• A harmonia da região dos olhos com o restante do rosto
• A autoestima e a expressão facial
• Em alguns casos, a própria função visual
Antes da blefaroplastia, é fundamental passar por uma avaliação detalhada com o especialista. Alguns cuidados importantes incluem:
• Exames pré-operatórios específicos
• Suspensão de alguns medicamentos, como anticoagulantes, conforme orientação médica
• Evitar fumar nas semanas anteriores à cirurgia
O Procedimento
A blefaroplastia é realizada sob anestesia local com sedação
A cirurgia pode ser feita nas pálpebras superiores, inferiores ou em ambas
• Repouso relativo por alguns dias, com uso de compressas frias
• Evitar sol direto e uso de maquiagem até liberação médica
• Pode haver inchaço e roxos, que tendem a melhorar em poucos dias
• A maioria dos pacientes retorna às atividades leves em cerca de 7 a 10 dias
Os resultados da blefaroplastia são incríveis e naturais quando a técnica é bem indicada. O olhar se torna mais expressivo e harmônico, sem exageros. E o melhor: as cicatrizes ficam praticamente imperceptíveis com o tempo.
Ptose palpebral: quando a queda da pálpebra vai além da estética
A ptose palpebral é o termo médico para descrever a queda anormal da pálpebra superior. Ela pode afetar um ou ambos os olhos e, dependendo do grau, comprometer não apenas a estética facial, mas também o campo visual e o bem-estar do paciente.
A ptose pode ter diversas causas:
• Congênita: presente desde o nascimento, geralmente devido a um
desenvolvimento incompleto do músculo elevador da pálpebra.
• Adquirida: mais comum, geralmente ocorre com o envelhecimento, mas
também pode surgir após traumas, uso prolongado de lentes de contato,
cirurgias oculares ou doenças neuromusculares.
• Sensação de peso na pálpebra
• Dificuldade para manter os olhos abertos
• Comprometimento do campo visual superior
• Olhar cansado ou assimétrico
• Em crianças, inclinação da cabeça para trás para enxergar melhor (postura
compensatória)
A correção cirúrgica da ptose é indicada nos seguintes casos:
• Quando a pálpebra interfere na visão
• Quando há desconforto funcional ou estético importante
• Para prevenir prejuízos no desenvolvimento visual em crianças (ambliopia)
• Para restaurar a simetria e a expressão facial
A técnica cirúrgica varia de acordo com a causa e a gravidade da ptose. Pode envolver
o reforço ou encurtamento do músculo elevador da pálpebra, ou o uso de outras
estruturas de sustentação. Tudo é planejado com muito cuidado para garantir
naturalidade, segurança e funcionalidade.
• Pode haver inchaço e pequenos hematomas nos primeiros dias
• Repouso relativo e compressas frias ajudam a acelerar a recuperação
• O retorno às atividades leves geralmente ocorre em até uma semana
• Os resultados costumam ser muito gratificantes, tanto na função visual quanto na estética
Lifting de supercílios: elevação sutil que transforma o olhar
Com o passar dos anos, é comum que os supercílios percam sua posição natural e se tornem mais baixos ou retos. Isso pode deixar o olhar com aspecto cansado, triste ou envelhecido, mesmo quando as pálpebras ainda não apresentam flacidez significativa. O lifting de supercílios é a cirurgia indicada para reposicionar essas estruturas, rejuvenescendo a expressão facial de forma delicada e harmônica.
• Queda natural dos supercílios com o envelhecimento
• Assimetrias entre os lados
• Olhar com aspecto pesado, mesmo sem excesso de pele nas pálpebras
• Complemento à blefaroplastia, para um rejuvenescimento mais completo da
região periocular
• Redefine o contorno natural dos supercílios
• Devolve leveza e juventude ao olhar
• Suaviza a expressão de cansaço ou tristeza
• Melhora a harmonia entre a sobrancelha, a pálpebra e o restante do rosto
Existem diferentes técnicas cirúrgicas para o lifting de supercílios. A escolha depende do formato do rosto, da posição atual das sobrancelhas e dos objetivos de cada paciente:
• Lifting direto: técnica realizada com uma incisão discreta logo acima da sobrancelha, indicada para casos mais avançados ou com queda localizada.
• Lifting temporal (ou lateral): reposiciona principalmente a cauda do supercílio, com incisão escondida no couro cabeludo.
• Elevação transpalpebral do supercílio: essa técnica é feita durante a blefaroplastia superior, através da própria incisão da pálpebra. É uma opção segura e eficaz para elevar o supercílio em casos selecionados, com ótimo resultado estético e sem necessidade de incisões adicionais.
A escolha da melhor abordagem é feita de forma individualizada, considerando anatomia, grau de queda e resultado desejado.
• Pode haver inchaço e leve desconforto nos primeiros dias
• Repouso relativo, uso de compressas frias e proteção solar são fundamentais
• Os pontos são retirados entre 10 dias e 14 dias
• O resultado final aparece após algumas semanas, com melhora progressiva da cicatrização e da harmonia facial
Tecnologia avançada para rejuvenescimento da pele periocular e facial
O Laser de CO₂ fracionado é uma das técnicas mais eficazes para o rejuvenescimento da pele, indicado especialmente para o tratamento de rugas finas, manchas solares, cicatrizes, flacidez e alterações de textura. Ele atua promovendo uma renovação profunda da pele com resultados visíveis e duradouros.
No meu protocolo, o Laser de CO₂ é frequentemente associado à cirurgia de blefaroplastia e realizado em ambiente de bloco cirúrgico, sob sedação, o que garante mais conforto, precisão e segurança durante o procedimento.
A tecnologia fracionada emite feixes controlados de energia térmica que penetram nas camadas mais profundas da pele. Essa ação cria microzonas de lesão térmica que estimulam a produção de colágeno e aceleram a regeneração natural dos tecidos. O resultado é uma pele mais firme, com poros reduzidos, rugas suavizadas e textura visivelmente renovada.
Como o laser atinge apenas frações da pele em cada sessão (preservando áreas ao redor das zonas tratadas), o tempo de recuperação é mais rápido em comparação com os lasers ablativos convencionais.
• Rugas perioculares e faciais finas
• Flacidez leve a moderada
• Manchas e melanose solar
• Cicatrizes de acne ou cirúrgicas
• Textura irregular da pele
• Complemento à blefaroplastia, melhorando a qualidade da pele ao redor dos olhos
O tratamento com Laser de CO₂ fracionado é realizado em bloco cirúrgico, sob sedação e com monitoramento anestésico, garantindo segurança e conforto ao paciente. Costuma ser associado à cirurgia de blefaroplastia, potencializando os resultados ao tratar não apenas o excesso de pele e bolsas palpebrais, mas também a qualidade da pele ao redor dos olhos.
Como se trata de um procedimento combinado e realizado em centro cirúrgico, é possível atingir resultados mais completos em uma única etapa, com uma única recuperação.
O xantelasma é uma lesão amarelada que se forma nas pálpebras, geralmente próximas ao canto interno dos olhos. Trata-se de um acúmulo de gordura na pele, que embora seja benigno, pode causar incômodo estético significativo.
Embora o xantelasma possa ocorrer em pessoas com colesterol normal, ele está frequentemente associado a:
• Alterações nos níveis de colesterol e triglicérides
• Histórico familiar de dislipidemia
• Doenças hepáticas ou metabólicas
• Envelhecimento natural da pele
• Placas amareladas, lisas ou levemente elevadas, geralmente indolores
• Acometimento bilateral é comum
• Crescimento lento e progressivo, com risco de recidiva se não tratado corretamente
O tratamento do xantelasma é estético e cirúrgico, especialmente quando há desconforto visual ou desejo de remover por questões estéticas. As opções incluem:
• Excisão cirúrgica precisa, com preservação da anatomia palpebral
• Em alguns casos selecionados, podem ser consideradas alternativas como laser ou eletrocoagulação, com avaliação individual
Importante: a correção deve ser feita com cuidado para evitar retrações ou deformidades na pálpebra, por isso, a escolha de um especialista na região periocular é essencial.
Além da avaliação estética, o paciente com xantelasma deve ser investigado quanto a níveis de colesterol e outras causas metabólicas, quando necessário.
O ectrópio é uma condição em que a pálpebra (geralmente a inferior) se afasta do globo ocular, ficando virada para fora. Isso expõe a parte interna da pálpebra e pode causar vermelhidão, lacrimejamento, irritação, sensação de areia nos olhos e maior risco de infecções.
A principal causa é o envelhecimento natural da pele e dos ligamentos palpebrais, mas o ectrópio também pode ocorrer após traumas, cicatrizes, paralisia facial ou cirurgias anteriores.
O tratamento é cirúrgico e visa reposicionar corretamente a pálpebra, restaurando sua função de proteção ocular e devolvendo conforto ao paciente. A técnica é escolhida de forma individualizada, considerando a causa e o grau do ectrópio.
O entrópio é uma condição em que a pálpebra — geralmente a inferior — se dobra para dentro, fazendo com que os cílios fiquem em contato direto com a superfície ocular. Isso pode causar irritação, vermelhidão, lacrimejamento, sensação de corpo estranho, úlceras na córnea e até perda visual, se não for tratado adequadamente.
As causas mais comuns incluem:
• Envelhecimento e frouxidão dos tecidos palpebrais
• Cicatrizes ou retrações da pele
• Inflamações crônicas
• Paralisia facial
• Em alguns casos, pode ser congênito
O tratamento é cirúrgico e visa reposicionar a pálpebra para evitar o atrito dos cílios com o olho. A técnica varia conforme a causa e o grau do entrópio, e o objetivo é sempre restaurar a proteção ocular, aliviar os sintomas e prevenir complicações.
A triquíase é uma condição em que os cílios crescem voltados para dentro, encostando na superfície do olho. Isso provoca irritação constante, vermelhidão, lacrimejamento, sensação de areia nos olhos e, em casos mais graves, lesões na córnea, como úlceras e cicatrizes.
Diferente do entrópio (em que a pálpebra inteira se vira para dentro), na triquíase os cílios nascem em direção anormal, mesmo que a posição da pálpebra esteja correta.
• Inflamações crônicas das pálpebras (como blefarite)
• Infecções anteriores, como tracoma
• Traumas ou cirurgias
• Doenças autoimunes
• Pode também ocorrer de forma isolada, sem causa aparente
O tratamento depende da quantidade de cílios alterados e da gravidade dos sintomas. Pode incluir:
• Aplicação de laser para destruir a raiz dos cílios deformados
• Cirurgias corretivas
Tratamento seguro e reconstrução especializada da região ocular
A pele das pálpebras é uma das mais finas e delicadas do corpo humano, e também uma das mais expostas à radiação solar. Por isso, é relativamente comum o aparecimento de lesões tumorais nessa região — que podem variar desde tumores benignos, como cistos e papilomas, até lesões malignas como o carcinoma basocelular, o tipo de câncer de pele mais frequente nas pálpebras.
O tratamento cirúrgico é, na maioria dos casos, a principal abordagem para remoção completa da lesão. No entanto, a complexidade anatômica das pálpebras exige um planejamento cuidadoso, pois essa região não tem apenas função estética, mas também desempenha papéis essenciais na proteção ocular, lubrificação e movimentação dos olhos.
Após a remoção do tumor, a reconstrução palpebral é um passo fundamental. Ela deve respeitar minuciosamente a anatomia e a função das pálpebras para preservar o conforto ocular e o resultado estético.
Reconstruções mal planejadas ou realizadas por profissionais não especializadospodem levar a complicações como:
• Má oclusão palpebral (olho que não fecha adequadamente)
• Ectropio ou entrópio cicatricial
• Irritação ocular persistente
• Alterações estéticas marcantes
Por isso, a cirurgia de tumores palpebrais deve ser conduzida por um oftalmologista especializado em plástica ocular, com formação específica em técnicas de reconstrução da região periocular.
Cada caso é avaliado individualmente, considerando o tipo de tumor, sua localização, tamanho e profundidade, para definir a melhor técnica reconstrutiva — que pode envolver retalhos locais, enxertos ou fechamento direto, sempre com foco em manter a função e a harmonia da região tratad
Tratamento seguro e preciso para suavizar rugas e preservar a expressão natural
A toxina botulínica, popularmente conhecida como Botox®, é uma das ferramentas mais eficazes e seguras no tratamento das rugas de expressão. Quando aplicada com precisão, ela suaviza as marcas do tempo sem comprometer a naturalidade da face.
Na região dos olhos, é especialmente indicada para tratar:
• Rugas da glabela (entre as sobrancelhas)
• Linhas horizontais da testa
• Pés de galinha (linhas ao redor dos olhos)
• Elevação sutil das sobrancelhas, promovendo um olhar mais descansado
• Prevenção de novas marcas, por relaxamento da musculatura
Por atuar em uma das regiões mais delicadas da face, a aplicação da toxina botulínica ao redor dos olhos deve ser feita por um profissional com conhecimento profundo da anatomia ocular. Como especialista em plástica ocular, avalio cuidadosamente os músculos envolvidos na expressão facial para aplicar a toxina na dose exata e nos pontos corretos, garantindo um resultado equilibrado, seguro e personalizado.
A aplicação é rápida, feita em consultório, com o uso de agulhas muito finas e praticamente indolor. Não há necessidade de afastamento das atividades habituais.
Os primeiros resultados começam a aparecer entre 3 e 5 dias, com efeito completo em até 15 dias, e duração média de 4 a 6 meses.
O objetivo não é “paralisar” o rosto, mas sim proporcionar uma aparência mais suave, descansada e harmônica, respeitando a individualidade de cada paciente.
Diagnóstico preciso e tratamento especializado para adultos e crianças
A obstrução das vias lacrimais é uma condição em que os canais responsáveis por drenar as lágrimas dos olhos para o nariz encontram-se total ou parcialmente bloqueados. Esse bloqueio impede a drenagem adequada das lágrimas, levando ao acúmulo e ao extravasamento constante dos olhos, além de favorecer infecções recorrentes.
• Lacrimejamento constante (mesmo sem emoção ou vento)
• Sensação de olhos sempre úmidos ou “escorrendo”
• Irritação ocular frequente
• Episódios de conjuntivite ou secreção ocular recorrente
• Inchaço e dor no canto interno dos olhos (quando há infecção do canal lacrimal – dacriocistite
A obstrução das vias lacrimais pode afetar tanto crianças quanto adultos:
• Em bebês, é comum o canal lacrimal ainda não estar totalmente aberto ao nascimento. Na maioria dos casos, essa obstrução congênita se resolve espontaneamente até o primeiro ano de vida, mas em alguns casos pode ser necessário tratamento cirúrgico.
• Em adultos, a obstrução costuma ser adquirida, geralmente relacionada a processos inflamatórios, infecciosos ou ao envelhecimento natural das estruturas lacrimais.
O tratamento depende da causa e da gravidade da obstrução. Pode variar desde medidas conservadoras (como massagens e colírios nos bebês) até procedimentos cirúrgicos especializados, como a dacriocistorrinostomia (DCR) — técnica que cria uma nova via de drenagem lacrimal, com altos índices de sucesso quando realizada por oftalmologistas com formação em cirurgia oculoplástica.
Nódulo palpebral causado por inflamação de glândulas da pálpebra
O calázio é um nódulo que surge na pálpebra devido à inflamação de uma glândula de Meibômio, responsável pela produção da camada lipídica da lágrima. Diferente do terçol (hordéolo), que é uma infecção aguda e dolorosa, o calázio é uma inflamação crônica, geralmente indolor e de crescimento lento.
Ele pode surgir como uma pequena elevação na pálpebra superior ou inferior, podendo causar desconforto estético, sensação de peso na pálpebra ou visão turva, caso atinja grande volume.
• Nódulo arredondado e firme na pálpebra
• Leve inchaço local
• Vermelhidão discreta (em alguns casos)
• Sensação de peso ou incômodo ao piscar
• Raramente, dor — mais comum nos estágios iniciais
O tratamento do calázio depende do tamanho e da duração da lesão:
• Casos iniciais podem responder bem a medidas conservadoras, como compressas mornas, higiene palpebral e, em alguns casos, colírios anti-inflamatórios.
• Lesões persistentes ou volumosas, que não regridem com o tratamento clínico, podem necessitar de drenagem cirúrgica, realizada em consultório ou bloco cirúrgico, sob anestesia local.
O procedimento é simples, rápido e com recuperação tranquila. Quando o calázio se forma de maneira recorrente, é importante investigar possíveis alterações dermatológicas ou disfunções das glândulas de Meibômio.
Embora o calázio seja uma condição benigna, é importante que todo nódulo palpebral seja avaliado por um oftalmologista especializado. Algumas lesões que imitam o calázio podem, na verdade, representar tumores palpebrais — o que torna o diagnóstico preciso essencial para garantir um tratamento adequado.
Dificuldade de fechar completamente os olhos — causas, riscos e tratamento
O lagoftalmo é uma condição em que o paciente não consegue fechar totalmente as pálpebras, o que pode ocorrer de forma leve ou mais acentuada, tanto durante o piscar quanto no repouso (especialmente ao dormir).
Essa falha no fechamento palpebral expõe a superfície ocular ao ambiente externo, podendo causar ressecamento, irritação, sensação de areia nos olhos e, em casos mais graves, lesões na córnea.
• Paralisia facial (como na paralisia de Bell)
• Pós-operatório de cirurgias palpebrais ou faciais
• Retrações cicatriciais
• Exoftalmia (olhos projetados para frente, como em casos de doença da tireoide)
• Lagoftalmo noturno (durante o sono, sem percepção do paciente)
• Sensação de secura ocular ou olho “aberto”
• Ardência, vermelhidão ou lacrimejamento
• Visão borrada ao acordar
• Sensibilidade à luz
• Infecções oculares recorrentes
• Dor ocular ou sensação de corpo estranho
O tratamento depende da causa e da gravidade do lagoftalmo:
• Casos leves podem ser manejados com colírios lubrificantes, pomadas noturnas e cuidados específicos para manter a umidade ocular.
• Casos moderados a graves, especialmente aqueles que colocam em risco a integridade da córnea, podem exigir intervenções cirúrgicas, como:
o Implante de peso palpebral (geralmente em ouro ou platina) para auxiliar no fechamento dos olhos
o Enxertos ou retalhos palpebrais, nos casos cicatriciais
o Tarsorrafia parcial, técnica que aproxima as pálpebras temporariamente para proteger a córnea
Como oftalmologista especializada em plástica ocular, avalio não apenas a estética, mas sobretudo a função das pálpebras, que é essencial para a saúde da superfície ocular. Em casos de lagoftalmo, a prioridade é proteger a córnea e preservar a visão, adotando soluções personalizadas para cada paciente.
Crescimento anormal na superfície ocular que pode afetar a visão e a estética dos olhos
O pterígio é uma lesão benigna caracterizada pelo crescimento de um tecido fibrovascular sobre a superfície do olho, geralmente partindo do canto interno (região nasal) em direção à córnea. Embora não seja um tumor, o pterígio pode causar sintomas incômodos e, nos casos mais avançados, interferir na visão.
Essa condição é comum em pessoas que se expõem frequentemente ao sol, vento, poeira e ambientes secos — por isso é conhecida popularmente como “carne crescida no olho”.
• Vermelhidão frequente
• Sensação de corpo estranho ou areia nos olhos
• Irritação e ardência
• Ressecamento ocular
• Alterações estéticas visíveis
• Em casos mais avançados, distorção visual ou embaçamento devido ao avanço sobre a córnea
• Exposição prolongada à radiação UV (sol)
• Ambiente seco, com vento e poeira
• Predisposição genética
• Irritação ocular crônica
Nos casos iniciais, o tratamento pode ser clínico, com o uso de colírios lubrificantes e anti-inflamatórios, além de proteção com óculos escuros. Já nos casos em que o pterígio avança sobre a córnea, causa desconforto persistente ou impacto estético importante, a cirurgia é indicada.
Realizo a remoção do pterígio com transplante conjuntival e uso de cola biológica, uma técnica moderna que dispensa o uso de pontos. Isso proporciona maior conforto no pós-operatório, menor inflamação, recuperação mais rápida e uma redução significativa no risco de recidiva (o reaparecimento do pterígio).
Diagnóstico preciso e tecnologias avançadas para alívio dos sintomas e restauração da saúde ocular
A Síndrome do Olho Seco é uma condição comum e multifatorial, caracterizada pela instabilidade do filme lacrimal, que provoca sintomas como sensação de areia nos olhos, ardência, vermelhidão, visão borrada e desconforto ao piscar. Quando não tratada adequadamente, pode comprometer a qualidade de vida e até causar lesões na superfície ocular.
No nosso consultório, oferecemos uma abordagem moderna, personalizada e baseada em evidências para o tratamento do olho seco, com o que há de mais atual em diagnóstico e terapias.
O primeiro passo para tratar o olho seco com eficácia é entender sua causa. Para isso, utilizamos o Keratograph 5M, um equipamento de última geração que permite a análise detalhada da lágrima e das glândulas de Meibômio, além da avaliação da estabilidade do filme lacrimal, da altura do menisco lacrimal e da presença de inflamação ou alterações na superfície ocular.
Com esses dados, é possível classificar o tipo de olho seco (evaporativo, aquoso ou misto) e indicar o melhor tratamento para cada caso.
LipiFlow® – Termopulsação das Glândulas de Meibômio
Indicado principalmente para o olho seco evaporativo, o LipiFlow® combina calor controlado e massagem pulsátil para desobstruir as glândulas de Meibômio. O tratamento é confortável, realizado em aproximadamente 12 minutos, e atua na raiz do problema, promovendo melhora duradoura da qualidade da lágrima.
Luz Intensa Pulsada (IPL) – Controle da inflamação
A IPL (Luz Pulsada Intensa) é uma tecnologia que melhora a função das glândulas de Meibômio, reduz a inflamação crônica e trata a telangiectasia nos bordos palpebrais. A luz pulsada também estimula a produção de substâncias anti-inflamatórias locais e ajuda a restaurar o equilíbrio da superfície ocular. O tratamento é feito em sessões rápidas e progressivas, com resultados cumulativos.
Terapias complementares
• Higiene palpebral guiada e uso de produtos específicos
• Colírios lubrificantes e anti-inflamatórios individualizados
• Suplementação oral (como Ômega 3, em casos selecionados)
• Máscaras térmicas e rotinas de cuidado diário
• Plugs de oclusão de pontos lacrimais, em casos de olho seco severo
Cada paciente é avaliado de forma personalizada, com base nos dados obtidos pelo Keratograph e na análise clínica. A escolha do tratamento não é padronizada, mas feita com precisão, experiência e atenção à causa específica do olho seco .
Tratamento reconstrutivo com foco em conforto, estética e segurança
A evisceração é um procedimento cirúrgico indicado em casos nos quais o globo ocular já perdeu sua função visual de forma irreversível e passa a representar um risco ou fonte de dor para o paciente. Essa condição pode ocorrer após traumas oculares graves, infecções severas (como endoftalmite), dores oculares intensas em olhos cegos, ou em situações onde há risco de comprometimento do outro olho.
O objetivo da cirurgia é remover o conteúdo intraocular, preservando a esclera (a parte branca do olho) e os músculos responsáveis pelos movimentos oculares. Após a evisceração, é colocada uma prótese ocular personalizada, com aspecto natural e harmonioso, devolvendo ao paciente não apenas o conforto físico, mas também sua autoconfiança e bem-estar.
• Olhos cegos dolorosos
• Infecções intraoculares graves e irreversíveis
• Traumas oculares severos
• Necessidade de controle estético e funcional em olhos atrofiados ou deformados
Após a cicatrização da cirurgia, é feita a moldagem e confecção da prótese ocular por um profissional especializado (técnico em prótese ocular), levando em consideração a cor, tamanho e forma do olho contralateral. O resultado final é altamente estético e discreto, permitindo que a movimentação da prótese acompanhe, de forma sutil, os movimentos do outro olho, graças à preservação dos músculos oculares.
A decisão por uma evisceração costuma ser emocionalmente delicada. Por isso, no nosso atendimento, cada paciente é acolhido de forma individualizada, com explicações claras e cuidadosas sobre o processo cirúrgico, a recuperação e a estética final com a prótese.
Quando realizada por um oftalmologista especializado em plástica ocular, a evisceração é um procedimento seguro, com resultados previsíveis e excelente aceitação por parte dos pacientes.
